terça-feira, junho 26, 2007

Os dias andam calmos por lá. Dá vistas de olhos aos jornais, abre revistas, esquece-se delas abertas no chão. Passeia com o gato pela cama. Enrosca-se em livros grossos no sofá. Ouve músicas pela casa. De tudo, esquecer-se por uns tempos. Cheirar o Verão e dele as folhas e o céu nocturno. Uma paz estranha que nos enche de ócio e ópio por isso. Só nesse tempo, e dormindo com ele, lemos alto para dentro o poema e, no fundo de nós, respiramos mais fundo, por ele. e por nós. Há tanto tempo não lê poesia assim. E mergulha no seu mundo: Pequeno. Pequeno. Tão pequeno. Dentro dela.

(foto: Edouard Boubat)

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