terça-feira, julho 11, 2006

No outro dia, estava a jantar e não consegui ver. Vieram-me as lágrimas aos olhos, fiquei com a comida entalada na garganta; parecia, de repente, uma miúda com um nó tremendo e vontade de chorar. Virei a cara e disse séria e timidamente ao André: “Não consigo ver”. E ele, que também já estava com a cara virada para o lado padecendo do mesmo mal, disse: “Eu também não”. E passámos aquela cena à frente. Voltámos mais tarde, já no sofá e com muitos cigarros à mão. Ontem, estava sozinha e, no fim, quando me levantei tinha os olhos tão inchados que nem conseguia ver bem. Não me lembro de nada, nos últimos tempos, que me faça chorar tão intensamente. Podia dizer-se que era lamechas, mas não: é profundamente dramático. E real.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto tanto de ver... É tão intenso e real... Mas gosto de ver...

Anónimo disse...

Que a série possa finalmente descansar em paz e que o desassossego comece em cada um de nós.

Arquivo do blogue